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quarta-feira, 31 de julho de 2013

OS PATINHOS - Kenneth Grahame

OS PATINHOS 
Por 
Kenneth Grahame 
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No lago, por entre os juncos, 
Estão nadando os patinhos. 
E, como estão mergulhados, 
Ficam pro alto os rabinhos. 

Vão patinhos e marrecos
Seus rabinhos agitando,
Os bicos, estes não vemos, 
Pois eles vão mergulhando.


Cada um faz o que quer, 
Ficando, assim, bem contente; 
Por isso, os patos megulham
E se agitam, livremente. 


No alto voam gaivotas, 
Ligeiros sers alados; 
Patos mergulham,  felizes,  
Com os rabinhos levantados!...

Pesquisa e postagem : Nicéas Romeo Zanchett
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FANTASIA - Por William Allingham

 FANTASIA 
Por 
William Allingham 
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Numa etérea montanha, 
Juncada de liriozinhos, 
Ninguém ousa ir caçar, 
Com medo dos anõezinhos. 
Eles são tão pequeninos
E marcham sempre juntinhos, 
Com suas jaquetas verdes,  
Seus chapéus bem vermelhinhos.
Fazem casas pelas praias, 
Nas ondas encapeladas, 
Vivem nas espumas brancas, 
Das cristas mais elevadas. 
Alguns preferem fazer 
Sossegadas moradias, 
No lago preto brilhante, 
Tendo as rãs como vigia. 

Vive o rei dos anõezinhos, 
Onde a montanha é mais alta. 
Por ser, então, bem idoso, 
O juízo já lhe falta. 
Sendo assim quando viaja,
Pela ponte esbranquiçada
De espesso nevoeiro
Quase mão enxerga nada; 
Mas mesmo assim vai seguindo, 
Embora frio sentindo, 
Pois partiu para cear. 
Com a rainha, em seu solar. 
Estes anões tão ladinos, 
Certo dia, então, roubaram 
Uma formosa menina
Que na montanha encontraram.
Fizeram-na adormecer, por sete anos seguidos, 
Encerraram-na bem fundo, 
No lago dos lírios perdidos,
Ficaram, então, vigiando, 
Pra ninguém se aproximar; 
Receavam, com certeza, 
Que a viessem procurar. 
 Plantaram em trono espinheiros,
Porque, se algum muito ousado
Cavalheiro ali viesse, 
Voltaria, pois, logrado.
Vigilantes sempre alerta
Dois anõezinhos ficavam;
E se caso dormiam, 
Os sapinhos vigiavam. 
Por isso nesta montanha, 
Juncada de liriozinhos, 
Ninguém ousa ir caçar, 
Com medo dos anõezinhos; 
Esta gente tão miúda, 
Que sabemos muito bem, 
Embora sempre zangada,
Não quer mal a ninguém. 
Pesquisa e postagem: Nicéas Romeo Zanchett
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terça-feira, 30 de julho de 2013

CANÇÃO DE NINAR -


CANÇÃO DE NINAR
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Dorme, dorme, meu menino, 
Dorme, dorme, sossegado; 
Papaizinho foi pescar,
Mas mamãe fica a teu lado. 

Teu irmão está no campo, 
Apanhando os carneirinhos; 
Tua irmã, já, pro curral, 
Vai tocando os bezerrinhos...

Quando tu fores crescido
Irás seguir o teu fado, 
Mas agora, meu menino, 
Dorme, dorme, sossegado; 
Mamãezinha que te adora, 
Cantando fica a teu lado!... 
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Pesquisa e postagem: Nicéas Romeo Zanchett
LEIA TAMBÉM >>> AS FÁBULAS DE ESOPO
 

MEUS OITO ANOS - Casemiro de Abreu

MEUS OITO ANOS 
 de Casemiro de Abreu 
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Oh! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida, 
Da minha infância querida 
Que os anos não trazem mais! 
Que amor, que sonhos que flores, 
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras, 
De baixo dos laranjais! 
Como são belos os dias 
Do despontar da existência
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor; 
 O mar - é lago sereno, 
O céu - um manto azulado, 
 O mundo - um sonho dourado, 
A vida - um hino de amor!
Livre filho das montanhas, 
Eu ia bem satisfeito, 
De camisa aberta ao peito, 
- Pés descalços, braços nus - 
Correndo pelas campinas,
 À roda ds cachoeiras, 
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis! 

LEIA TAMBÉM >>> CONTOS E FÁBULAS DO ROMEO  

CANTIGAS DA NOITE DE SÃO JOÃO

CANTIGAS DA NOITE DE SÃO JOÃO 
Cantigas tradicionais 
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Coitadinha da sinhá, 
O pezinho resvalou, 
Quando foi tirar a sorte, 
Na fogueira se queimou. 
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Sinha, Sinha, vem cá, 
Vem comingo, vem dançar, 
 Sinhá, Sinhá, vem cá,
Que a dor já vai passar. 
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Viva o santo padroeiro
Desta festa t~]ao bonita, 
Vem dançar a noite toda, 
Vem dançar, deixa de fita. 
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Sinha, Sinhá, vem cá, 
Vem comigo, vem dançar, 
Sinha, Sinhá, vem cá, 
Que a dor já vai passar.
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Vai abóbora, vai melão, 
Vai melão, vai melancia...
Vai jambo, Sinha, vai jambo, Sinhá,
Vai jambo, Sinhá doce...
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Casca doce que nem mel, 
Sou abóbora vermelhinha, 
Não me passo pra limão,
Que é fruta azedinha...
.
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Meu limão, meu limoeiro, 
Meu pé de jacarandá, 
Uma vez tindô-lê-lê,
Outra vez tindê-lá-lá.
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Azedinho é que não sou,
Dona abóbora, casca dura; 
Para cortar sua pele, 
Só facão de raspadura...
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Vai abóbora, vai melão, 
Vai melão, vai melancia...
Vai jambo, Sinha, vai jambo, Sinhá, 
Vai jambo, Sinhá, bem doce...
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Casca dura pode ser, 
Mas também que tamanhão ;  
Quando cresço de verdade, 
Pra levar? Só caminhão...
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Meu limão, meu limoeiro, 
Meu pé de Jacarandá, 
Uma vez tndô-lê-lê, 
Outra vez tindê-lá-lá.

Mas só isso? Que vantagem, 
Eu também tenho valor, 
Peso pouco, mas coragem!
Pra agüentar o meu  valor...
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Cada um tem seu valor, 
Para que brigar então? 
Dê-me cá o seu abraço,
Apertemos nossa mão. 
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A comadre abobrinha
E o compadre "seu" limão
Vão fazer as suas pazes, 
Como amigos, como irmãos. 
Pesquisa e postagem 
Nicéas Romeo Zanchett 
LEIA TAMBÉM >>> CONTOS E FÁBULAS DO ROMEO
 
 

domingo, 21 de julho de 2013

DESENHANDO LETRINHAS

DESENHANDO  LETRINHAS
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A bolinha vai e vem 
Vai e vem... sem parar
 O Lulu e o Mimi 
Estão alegres a dançar.
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Coitadinho do Mimi
Mas o que foi que aconteceu? 
Lá no alto da escada
O Totó apareceu. 
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Vovozinha se esqueceu
Dos novelos na cadeira
 O Mimi que é bem travesso 
Achou logo a brincadeira. 

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Vamos todos companheiros 
Os novelos enrolar. 
Se a vovó chegar agora
 O Mimi vai apanhar. 

O menino vem pulando 
Cachorrinho vem atarás. 
O menino pula alto  
Cachorrinho, o mesmo faz. 

Tubarão apareceu
 E fez confusão no mar
Coitadinhas das sardinhas
 Começaram a pular. 

Uma, duas, três voltinhas
Faz Telminha sem parar 
Quando estão bem bonitinhas 
Deixa o lápis descansar. 

O avião gira, gira, 
Faz piruetas no ar
Cuidado aviãozinho, 
Senão no chão vai parar.

O trenzinho quando apita 
Solta fumaça no ar, 
Vai apitando trenzinho. 
Apitando sem parar.

O meu lápis roda, roda 
Roda roda, sem parar. 
Venham ver as linda uvas
Que acabei de desenhar. 

Uma, duas, três voltinhas
O meu lápis vai fazer
Se ficarem bem certinhas 
 três pontinhos vão nascer.

E rodando ainda o lápis 
Continuo a desenhar, 
Vejam só, fiz um menino 
De topete para o ar. 

O meu lápis vai rodando
Vai rodando, vai rodando 
O que irá fazer aqui? 
Olhem só: é o Mimi!

Uma, duas, três voltinhas
Faço sempre sem parar. 
Quando estão bem bonitinhas
Coelhinho vem me olhar. 

O meu lápis vai rodando
Vai rodando, sem parar 
Roda, roda, direitinho
 Pra cegonha vir formar.  

A canoa virou 
Por deixá-la virar
Mas desenhe direitinho 
e ela torna a desvirar. 

Corre, lápis, bem depressa
No papel a desenhar
 Pois um lindo peixe espada  
Eu acabo de pescar. 

Marcha, soldado
Cabeça de papel. 
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel 

Onda vai, onda vem 
Lá na praia a marulhar
Quebra aqui, quebra ali
Sempre sem cessar. 

Foi pra cima, foi pra baixo
O meu lápis a brincar
E brincando, acabou 
O Lulu por desenhar. 

Sobe e desce, continua
O meu lápis a brincar 
E o Lulu agora tem 
Uma casa prá morar. 

O VENDEDOR DE BOLAS - Rose Fyleman

O VENDEDOR DE BOLAS 
Por Rose Fyleman 
Sempre o vejo, quando há feira; 
Roupa velha, já surrada, 
Fisionomia bondosa, 
No meio da criançada. 
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Bolas de todas as cores
Segura, nas mãos cansadas; 
São azuis, são amarelas, 
Vermelhas, verdes, rosadas...
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Formam um ramo colorido
Lá no alto, a balançar; 
E, ao vê-las, assim, tão leves, 
Fico, às vezes a pensar. 
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Como seria bonito 
E divertido de olhar 
Se todas eles fugissem 
E fossem o céu enfeitar!... 
Pesquisa e postagem 
Nicéas Romeo Zanchett 
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LEIA TAMBÉM > CONTOS E FÁBULAS DO ROMEO
 

O RETRATO DO BRASIL - Alma Leda Rocha

 O RETRATO DO BRASIL 
 Por Alma Leda Rocha
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A Bandeira que aqui vemos, 
É o retrato do Brasil, 
E, ao vê-la todos nós temos
Um orgulho varonil. 
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Desta terra a imensa mata, 
Do céu de mais puro anil, 
Tudo a bandeira retrata, 
Do nosso imenso Brasil. 
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O amarelho brilhante, 
O branco alegre da paz, 
O Cruzeiro fulgurante, 
Tudo isso ela nos traz. 
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Somos crianças ainda, 
Mas nosso amor juvenil
É desta grandeza  infinda, 
Que retrata este Brasil. 
Pesquisa e postagem
Nicéas Romeo Zanchett
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