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Quem terá visto meu cachorrinho,
De rabo preto e preto focinho?
Abana a cauda se está contente,
Mostrando agrado, perto da gente.
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A cozinheira, de manhãzinha,
Viu-o latindo para a gatinha;
Às dez em ponto, "Seu" Serfim;
Viu-o dormindo la no jardim.
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"Seu" Serafim, que é meu amigo,
foi procurá-lo, então, comigo;
Mas não achamos meu cachorrinho.
Com estou triste: Pobre bichinho!
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Ao açougueiro, quando chegou,
Logo indaguei se o avistou,
- Não, respondeu o rapazinho.
Hoje não vi seu cachorrinho.
Que medo eu tenho só de pensar
Que um carro o pode atropelar!
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Quem terá visto meu cachorrinho
De rabo preto e preto focinho?
Abana a cauda, se está contente,
Mostrando agrado perto da gente.
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Titia tem bom coração:
Deu duas voltas no quarteirão
E perguntou a toda gente
Se alguém o viu - inutilmente!
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A cozinheira , junto de mim,
Chegou, então, falando assim:
- Ah! meu menino. Que novidade!
Totó andou pela cidade
Dentro do carro que veio trazer
Presunto e ovos pra se comer.
O enregador foi apanhar
As encomendas para deixar;
O carro aberto ele esqueceu
E veja só o que aconteceu:
Sentindo cheiro de porco assado
Totó pulou logo, assanhado,
E fi assim que o cachorrinho
Se viu levado pelo homenzinho..
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Só muito tarde, no fim do dia,
Foi que o ouviu, quando latia;
Abriu o carro, muito espantado,
E o encontrou, pobre coitado!
Veio trazê-lo, então, nesta hora
E aqui chegou, pois, sem demora.
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E, assim, achei meu cachorrinho,
De rabo preto e preto focinho,
Que abana a cauda, se está contente,
Mostrando agrado, perto da gente.
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